A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) sediou, nesta quinta-feira, 23 de outubro de 2025, uma reunião da Frente Parlamentar de Gestão de Águas. O encontro foi marcado pela apresentação de uma pesquisa inédita que confirmou a existência de um novo e importante sistema hídrico subterrâneo no estado, batizado de Aquífero São Gabriel do Oeste. Com a descoberta, Mato Grosso do Sul passa a ter um total de nove sistemas aquíferos identificados, reforçando sua posição estratégica no cenário hídrico nacional.
O estudo detalhado sobre o novo aquífero foi apresentado por um professor aposentado do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Giancarlo Lastoria. Segundo a pesquisa, a área estudada engloba cerca de 1,4 mil quilômetros quadrados e está majoritariamente localizada no município de São Gabriel do Oeste, abrangendo aproximadamente 36% do seu território. Pequenas extensões do novo sistema também se estendem pelas áreas dos municípios vizinhos de Rio Negro e Bandeirantes, demonstrando a relevância da nova reserva para a região.
O deputado Renato Câmara, coordenador da Frente Parlamentar e proponente do encontro, enfatizou a importância capital da água como pauta central para o futuro do estado. Ele ressaltou que, em um cenário global de escassez e disputas por recursos hídricos, a descoberta de mais um aquífero subterrâneo é uma questão de segurança e de desenvolvimento a longo prazo. O parlamentar alertou para a necessidade urgente de monitorar rigorosamente a qualidade e o volume das reservas para garantir o abastecimento das próximas gerações.
A discussão na Casa de Leis se aprofundou na necessidade de o estado aprimorar suas políticas de preservação. O alerta é que o subsolo, detentor de toda essa riqueza hídrica, precisa de atenção redobrada para evitar contaminação por atividades agrícolas e industriais, e para assegurar que a exploração da água seja feita de forma sustentável, mantendo o equilíbrio dos nove sistemas hídricos agora mapeados.
A Frente Parlamentar reafirmou o compromisso do Legislativo em atuar na criação de leis e mecanismos de fiscalização que protejam esses bens naturais, que são cruciais para a economia, o agronegócio e o consumo humano. A nova descoberta, embora celebrada, serve como um lembrete contundente de que a gestão eficiente e a proteção dos recursos hídricos devem ser prioridades inegociáveis para o desenvolvimento sustentável de Mato Grosso do Sul.
Da redação.
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