O estado de São Paulo registrou nesta quarta-feira (23) mais um óbito em decorrência da intoxicação por metanol, elevando para sete o número de mortes confirmadas no estado. A vítima era um jovem de 25 anos, morador de Osasco, na Grande São Paulo, que faleceu após consumir bebida alcoólica adulterada.
Paralelamente, o estado do Paraná confirmou mais duas mortes ligadas ao mesmo tipo de intoxicação: uma mulher de 41 anos, de Curitiba, e um homem de 43 anos, de Almirante Tamandaré. Com esses casos, o Paraná passa a contabilizar três óbitos confirmados, além de vários casos suspeitos em investigação.
O panorama nacional mostra cerca de 53 casos confirmados de intoxicação por metanol no Brasil, com um total de dez mortes já contabilizadas. Desses, São Paulo concentra a maioria das ocorrências (42 casos) e das vítimas fatais (sete). Ainda há 59 casos em investigação segundo o boletim mais recente.
Após um período em que o tema parecia perder destaque na mídia, os novos casos reacendem o alerta das autoridades sanitárias e de segurança pública. O governo paulista já declarou que São Paulo funciona como um “epicentro” da distribuição de bebidas adulteradas no país. As investigações focam em bebidas destiladas vendidas em ambientes informais, cujas embalagens aparentavam estar em ordem, o que dificulta a identificação do risco pelo consumidor comum.
A recomendação segue sendo a de procurar atendimento médico imediato se surgirem sintomas como visão turva, náuseas ou dores abdominais após ingestão de bebida destilada. As autoridades reforçam ainda a necessidade de os consumidores verificarem procedência das bebidas, lacres, selos oficiais e manter cautela ao adquirir produtos de procedência duvidosa.
No Mato Grosso do Sul, as autoridades já registraram 12 notificações de possíveis intoxicações desde o começo da crise, das quais 11 foram descartadas e apenas 1 segue em investigação, na capital Campo Grande. Apesar de não haver confirmação de óbito, há um caso em que a morte está sob análise, o que sustenta o alerta em nível estadual
A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul informou que recebeu previamente um lote de 60 ampolas do antídoto (etanol farmacêutico) enviado pelo Ministério da Saúde e que as equipes de vigilância estão em prontidão. Essa preparação busca garantir resposta rápida caso novos casos sejam confirmados ou identificados no estado.
Fonte: Redação Raiz | Foto: UFPR/Divulgação/Agência Brasil
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