Neste domingo (26), os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se reuniram em Kuala Lumpur, Malásia, durante a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). O encontro, que durou cerca de 50 minutos, marcou o primeiro diálogo oficial entre os líderes após meses de tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
O principal tema da reunião foi a elevação das tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros, que passaram de 10% para 50% em agosto de 2025. Trump justificou a medida como uma resposta a ações políticas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo sanções a autoridades brasileiras. Lula, por sua vez, destacou o superávit comercial histórico dos EUA com o Brasil, que ultrapassa US$ 400 bilhões nos últimos 15 anos, e enfatizou que não há razões para desavenças entre os dois países.
Após o encontro, ambos os presidentes concordaram que suas equipes iniciariam imediatamente negociações para buscar soluções para as tarifas e sanções impostas. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, confirmou que as conversas começariam ainda no mesmo dia. O governo brasileiro solicitou a suspensão temporária das tarifas durante as negociações, embora a resposta dos EUA a esse pedido ainda não tenha sido divulgada.
O encontro foi considerado positivo por ambos os lados, com Lula afirmando que a reunião foi "muito boa" e que as discussões foram "francas e construtivas". Trump também expressou otimismo, indicando que poderia haver potencial para acordos entre os dois países.
Este diálogo reaberto ocorre após uma série de tensões diplomáticas, incluindo a condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, o que havia levado a um agravamento das relações bilaterais. A expectativa agora é que as negociações possam aliviar as tensões comerciais e fortalecer os laços entre Brasil e Estados Unidos.
Da redação
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