Quando meu antigo eu viu, pensou que era besteira. Não! Não sou destes que fala de si mesmo na terceira pessoa, mas meu eu de ontem ficou lá pra ser consultado, como meu próprio ancestral. Dito isso, retorno à tolice inicial. Naquele tempo tão tão tão distante eu pensava que a solidão do mundo era uma escolha, não um projeto. Sim e não pra pergunta que pensou. Não é mais uma teoria da conspiração e sim é um projeto da estrutura governamental de todos os governos eleitos e ditadores.
Fomos coletivos a maior parte da existência da humanidade. Povos antigos e cada pais indígena itinerante nesta Terra vivia em confluência com a natureza e com os demais seres humanos. Tudo era respeitoso. Cada povo, cada país indígena sabia fazer algo de destaque, não eram todos agricultores, caçadores, artistas… Enfim… Entendeu? Nunca pense que está sozinha, isto é invenção do capitalismo. As pessoas não nascem sozinhas e nem morrem sós. Permita-se pensar nesta frase de efeito que sempre dizem por aí opostos ao que acabei de dizer.
Agora guarde e vamos seguir aqui. Nascemos e crescemos coletivamente, só a aprendizagem é individual. A forma governamental de vida replicou que precisamos merecer o Amor, a paixão, o carinho e a atenção... O que causa nosso colapso e dependência em todas as partes, principalmente emocional. Mas tudo isso é de graça! Mas vem comigo e me responda em voz alta: Como controlar as pessoas para não enxergarem o que acontece diariamente? A soma de divisão e competição é igual a solidão mais desejo de conquistar com resultado de satisfação momentânea.
Com isso, além de nunca nada ser suficiente, não temos tempo de lazer e de dedicação emocional aos outros porque somos ensinados a conquistar tudo dependendo de nós mesmos e o outro é adversário se não for pintado de inimigo. Somos divididos principalmente mental e emocionalmente, o resto se replica na criação. Neste sistema de troca já está condicionado às falas e ações de pais, avós e parentes no geral. Se tu tens irmã (s) ela(s) é (são) quem primeiro é preciso superar ou comparar. Aí tudo vira competição e até o mínimo precisa ser conquistado no mais alto do pódio porque “ninguém lembra do segundo lugar”. A adrenalina e o mar agitado são mecanismos condicionados a serem de eterna necessidade. Paz e calmaria se tornaram sinônimo de preguiça, de comodismo, de “trabalhe enquanto eles dormem”. Assim, em estado de constante cansaço, ansiedade, depressão e à beira de mais um burnout, a exaustão extrema do colapso da alma desnutrida, nos leva a repetir o sistema de trocas no mais claro: troca-se sua alma por um punhado de ilusão.
Então, vamos lembrar, vamos parar e vai, respira comigo e repita: A atenção é de graça, o carinho é de graça, a paixão é de graça e o Amor, ah o Amor é absolutamente livre e gratuito. Todo tipo de dependência foi criado e segue em manutenção para servirmos como peças das migalhas, circo, e, de vez em quando, uma ascensão para o sistema fingir que vencemos dentro desta inexistência da meritocracia. Com este método, mantém os poucos donos do poder herdado e fazendo legado com o que é de todos. Por isso, a narrativa melhor vendida segue enganando todos nós que vamos perdendo o acesso a capacidade de reflexão, somos reprodutores de pedaços de uma grande história. Desta fôrma, o apagamento e a diminuição do tamanho dos povos africanos acontece ainda, não por terem sido referência global por centenas de anos com sua alta tecnologia, mas pela partilha e coletividade. Os povos africanos que foram escravizados não foram conquistados, não foram enganados, eles abriram as portas, eles receberam, eles dividiram, e foram lidos como frágeis, inocentes… Foi com está visão de inocentes e não merecedores que foram roubados, sequestrados e toda uma arquitetura estrutural branca foi criada para apagar e desacreditar os originários, a Alkebulan, primeiro nome de África, que significa a origem da humanidade, da vida ou mãe da humanidade, foi por causa da forma de vida coletiva e de Amor. Portanto, vem comigo e repita: somos coletivos e toda forma de afeto, de atenção… Todo Amor é de graça!

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