“Na vida é preciso aprender, se colhe o bem que plantar…” Quem não sabe o que vem depois deste pré-refrão? Vai cantando e lendo. Que agora é Charlie Brown. “Quanto mais a gente rala, mais a gente aprende…”. A primeira é “Tá escrito” de Xande de Pilares, Carlinhos Madureira e Gilson Bernini que perdeu o filho e junto com os amigos criou está canção que é uma bela lição. A segunda é “Dias de Luta, Dias de Glória” de Chorão e Thiago Castanho que passam a mensagem sobre desafios, relações verdadeiras, superação e sermos moldados pelas dificuldades.
Algo que vem mais do rock dos anos 1980 com Ira! “Só depois de muito tempo comecei a refletir, nos meus dias de paz, nos meus dias de luta…”, composta por um dos melhores guitarristas, Edgar Scarandura. Poderia citar centenas de canções de aprendizagem, mas vamos nos concentrar na mensagem. A inspiração destes compositores vem não só da vida, da consciência espiritual, mas de trechos de livros considerados sagrados por diversas religiões e cultos pelo mundo. Porém, eu gosto muito do provérbio “Mar Calmo nunca fez bom marinheiro”. Já usou? Já foi usado contigo?
Eu acredito que seja da língua Suaíli, do grupo Bantu com influência árabe, mas também persa, alemã, inglês e português. Ainda assim é atribuída ao poeta italiano Petrarca, do século XIV. Mas foi mais popularizada por autores como Max Fercondini, italo-brasileiro, em seu livro "Mar Calmo Não Faz Bom Marinheiro” (2022). Estas citações e lembranças são para falar dos “mestres da vida”, nossos professores. Primeiro os pais, os avós, os tios, os familiares, Paqueles que são família por presença, ações… Se for falar deles será mais amplo, inclusive formados em pedagogia, Letras... Meu pai fez a faculdade da vida e vejo ele ainda - após 11 anos de sua morte - me falando coisas sábias e minha mãe que sempre estudou muito, foi pioneira em diversas situações e ainda é exemplo pra muitos como eu. Enfim, é sobre àqueles que fazem sua marca na alma do aluno que vou falar mais um pouco.
Então, aos que com carinho e criatividade nos ensinam, ficam com a gente para sempre. Depois dos livros que li ainda no início da infância, foi a tia Jairce aqui em Campo Grande. Ela é ainda a figura mais constante e marcante na minha vida, realmente se tornou da família, uma mãe. Depois vem a professora Dalva em Ribeirão Preto - SP, muito querida e me incentivava em tudo. Eu vivia na biblioteca e li ela todinha. Aqui foi a fase dos três aos doze. Depois marcante mesmo foi terminando o ensino médio e me escapa o nome da professora de Língua Portuguesa que reuniu minhas primeiras poesias em um livro lá em Vilhena - RO. Também tinha um pro de Educação Física, um de Biologia (que era famacêutico), um de Química e um de Física que me fizeram amar suas aulas, mas minha memória falha.
Terminando a faculdade teve Carlão, Cris, mas principalmente Osvaldo e Zanatta, porém um que é a mente mais brilhante que conheço, no entanto não consigo lembrar o nome dele (lembrei é Josimar Maciel, piscólogo, filósofo, teólogo... doutor, phd...). Tudo que ele criava de oficinas, rodas de conversas, eu participava. A pessoa mais inteligente que já conheci. Ficamos amigos. Depois, em uma especialização, teve Daniel, Lucilo, Danglei… Hoje, são meus amigos que ensinam dança: Paulinho de Oliveira, Camilla's (são mais de uma), Matheus Assis. Esqueci completamente da minha filosofia de vida: as Artes Marciais. Já pratiquei quase todas, mas o Kung Fu me ganhou e, principalmente, o Wing Chun. Aqui falo do mestre Dirceu Coelho e, do meu sifu, Juarez Abrahão Mendes. Xie xie! Com certeza faltam pessoas e nomes, contudo “Na vida é preciso aprender…” é o ensinamento, mas forte com “Mar Calmo não faz bom marinheiro”. O provérbio e o verso nos ajudam a erguer a cabeça e meter o pé junto com cada professor que ajudou a nos forjar e ainda ajudam. Quais se destacam na tua criação?


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