A família do soldado Dhiogo Melo Rodrigues, de 19 anos, formalizou nesta quinta-feira (30) um pedido ao Ministério Público Militar para que as circunstâncias da morte do jovem, ocorrida dentro do Comando Militar do Oeste (CMO), em Campo Grande, sejam apuradas rigorosamente.
Dhiogo foi encontrado com um disparo de fuzil na segunda-feira (27) enquanto estava de sentinela. A versão inicial do Exército, de que o soldado atentou contra a própria vida, é contestada pelos familiares, que apontam indícios de falhas e omissões no ambiente militar.
Denúncias de Sofrimento Psicológico
No requerimento, a defesa da família afirma que o recruta relatava sofrimento psicológico e dizia não querer continuar no serviço militar.
Segundo o documento, colegas de Dhiogo contaram que o jovem sofria “pressões psicológicas, humilhações e tratamento degradante” dentro do quartel. Além disso, a defesa alega que o celular do soldado foi retido indevidamente, o que poderia dificultar o acesso a provas e “obstar a busca pela verdade”.
A mãe do soldado, Christiane Melo, está em busca de justiça e quer uma investigação independente. A defesa destaca que o corpo de Dhiogo foi removido do local antes da perícia oficial e só foi encaminhado ao IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) após insistência da família.
O pedido ao Ministério Público Militar solicita:
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Investigação independente.
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Acesso a todas as provas.
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Oitivas de colegas de serviço.
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Análise das condições psicológicas e disciplinares impostas aos recrutas.
O Exército lamentou a morte do jovem, que havia ingressado na corporação há cerca de três meses, e afirmou em nota que segue protocolos em relação a questões de saúde mental. Até o momento, não houve confirmação de abertura de investigação fora da esfera militar.
Fonte: Redação Raiz, com informações de Osvaldo Sato | Imagens: Reprodução
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