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Domingo, 26 de Outubro de 2025
Vereadores de Campo Grande se posicionam após paralisação no transporte coletivo da capital

Câmara Municipal

Vereadores de Campo Grande se posicionam após paralisação no transporte coletivo da capital

Episódio provocou reação entre os vereadores dos mais variados partidos.

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Na manhã de terça-feira (22), o transporte coletivo de Campo Grande foi interrompido por pouco mais de duas horas devido à paralisação dos motoristas e cobradores, que cobravam o pagamento do vale-alimentação atrasado. Após a retomada parcial do serviço, os vereadores Ronilço Guerreiro (Podemos), Luiza Ribeiro (PT) e Maicon Nogueira (PP) se manifestaram publicamente em apoio aos trabalhadores e aos usuários do transporte, cobrando mais transparência e responsabilidade do Consórcio Guaicurus e da Prefeitura. O sindicato da categoria informou que, caso o benefício não seja pago, uma nova paralisação poderá ocorrer na próxima segunda-feira (27).

A vereadora Luiza Ribeiro classificou como “inadmissível” o atraso no pagamento e disse que o problema revela a falta de fiscalização por parte do Poder Público. Para ela, o Consórcio Guaicurus não pode justificar a falha alegando problemas de caixa, já que recebe antecipadamente valores de vale-transporte das empresas e da própria administração municipal. “O atraso é injustificável. A prefeitura precisa cobrar o cumprimento do contrato e fiscalizar com rigor o Consórcio Guaicurus”, afirmou a parlamentar, reforçando que a população não pode continuar sendo prejudicada por má gestão.

Ronilço Guerreiro, por sua vez, destacou que o episódio mostrou novamente a fragilidade da gestão do transporte público em Campo Grande. Ele defendeu a criação urgente de um Fundo Municipal de Transporte, que assegure recursos exclusivos para o setor e evite que a cidade enfrente novas crises. O vereador também reforçou que a paralisação foi legítima diante do descumprimento dos direitos trabalhistas, mas que o Consórcio e o Executivo precisam oferecer respostas rápidas para que a população não continue sendo penalizada. “Não podemos aceitar que os trabalhadores e a população sejam desrespeitados dessa forma. É preciso garantir o direito ao transporte digno e o pagamento em dia”, declarou Guerreiro.

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O vereador Maicon Nogueira, autor de um abaixo-assinado que já reuniu milhares de assinaturas pedindo a destituição do Consórcio Guaicurus, ainda antes da paralisação, voltou a criticar a falta de transparência da empresa e a demora da Prefeitura em agir. Em suas declarações no dia de ontem, Maicon afirmou que a paralisação foi consequência direta da má gestão do consórcio e da conivência do poder público. “Essa situação é resultado da má gestão do consórcio e da falta de ação do poder público. O povo não aguenta mais ser penalizado”, afirmou o parlamentar, reforçando que continuará pressionando pela revisão do contrato de concessão.

Ainda ontem, em decorrência da paralisação, o presidente da Câmara, Epaminondas Neto, o Papy, convocou uma reunião de emergência com a Comissão Permanente de Transporte e Trânsito. Participaram da reunião o vereador Dr. Lívio (União Brasil), presidente da Comissão, além dos membros Ana Portela (PL), Herculano Borges (Republicanos) e Silvio Pitu (Solidariedade), e os parlamentares Professor Riverton (PP), Leinha (PSB) e Wilson Lands (PSDB).

Dr. Lívio, após a reunião, declarou que a CPI do transporte coletivo na capital já tinha previsto que uma paralização como a ocorrida poderia acontecer. Em sua fala, o vereador incluiu a prefeitura no rol de culpados. "A Câmara Municipal não vai ser refém nem do Consórcio Guaicurus nem da Prefeitura. Nós estaremos sempre ao lado da população de Campo Grande, que é quem realmente está sofrendo", declarou.

A Câmara Municipal deve debater o tema novamente nos próximos dias, com a possibilidade de novas medidas por parte do legislativo, incluindo a celeridade do projeto do Fundo Municipal de Transporte e pedidos de auditoria no contrato de concessão. Enquanto isso, a categoria mantém a ameaça de nova paralisação para o início da próxima semana, caso o pagamento do vale-alimentação não seja regularizado.

Fonte: Redação Raiz, com informações da Câmara CG | Foto: Izaías Medeiros / Câmara CG (à época da CPI do Transportes)

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William Durães Mendes

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