O professor e dirigente esportivo Robson Sampaio de Almeida recebeu uma das maiores honrarias do esporte adaptado brasileiro: o título de patrono do paradesporto nacional. A decisão reconhece décadas de dedicação à causa da inclusão de pessoas com deficiência por meio do esporte e o papel transformador de seu trabalho em diferentes estados do país.
Com uma trajetória que começou ainda na década de 1950, Robson foi um dos principais articuladores da criação de programas e competições voltadas ao paradesporto no Brasil. Sua atuação foi determinante para a consolidação de políticas públicas que ampliaram o acesso de atletas com deficiência às práticas esportivas e garantiram estrutura para o desenvolvimento de talentos em todo o território nacional.
Robson conheceu o basquete em cadeira de rodas durante processo de reabilitação nos Estados Unidos e fundou, ao lado do técnico Aldo Miccolis, o Clube do Otimismo, no Rio de Janeiro em 1958. A organização foi criada dois anos antes da primeira edição dos Jogos Paralímpicos, em Roma (Itália) em 1960, ainda sem a participação brasileira
Ao longo dos anos, Sampaio esteve à frente de entidades e projetos que ajudaram a fortalecer a base do movimento paralímpico brasileiro, incentivando a criação de centros de treinamento e o intercâmbio técnico com outros países. Seu trabalho também foi essencial para o reconhecimento da importância do esporte como ferramenta de reabilitação e inclusão social.
Por toda a sua trajetória e pioneirismo, Robson continuou sendo um exemplo de vida e superação, mesmo depois de sua morte, em 1987 e hoje é nome obrigatório para quem quer entender e se aprofundar na trajetória do esporte paralímpico no Brasil. O reconhecimento de Robson Sampaio como patrono do paradesporto brasileiro consolida seu legado de poder transformador da atividade esportiva.
Fonte: Redação Raiz, com informações da Agência Brasil | Foto: Robson Sampaio/Acervo Pessoal/Agência Brasil
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