O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), anunciou nesta quinta-feira (30) que o estado irá participar do “consórcio da paz”, uma iniciativa criada por seis governadores para integrar forças de segurança e inteligência no combate ao crime organizado em todo o país.
O anúncio foi feito após uma reunião no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, convocada pelo governador Cláudio Castro (PL), dias depois da megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão.
Segundo Riedel, a proposta do consórcio é reforçar a troca de informações entre os estados e unir estratégias contra o avanço das facções criminosas.
“Não há como não se sensibilizar com o que aconteceu aqui no Rio. Nós aprendemos, em Mato Grosso do Sul, 500 toneladas de drogas no último ano, e isso mostra que o crime é interligado em todo o território brasileiro”, afirmou o governador.
Riedel destacou que Mato Grosso do Sul, por ser fronteiriço, atua no combate ao tráfico e à lavagem de dinheiro ligados a organizações criminosas que operam em outros estados. Ele citou o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) como facções com presença no estado.
“Quem achar que o que acontece no Rio não tem relação com a nossa segurança pública está enganado. O crime organizado atua de forma conectada, e precisamos reagir com a mesma integração. Só há um caminho: integração e uso estratégico da inteligência”, completou Riedel.
Outras Medidas
Também foi anunciada a criação do Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado no Rio, coordenado pelo secretário de segurança local, Victor Santos, com apoio do Governo Federal.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, mencionou o envio de agentes da Polícia Rodoviária Federal, reforço na inteligência e a disponibilização de vagas em presídios federais — o que pode incluir a unidade de segurança máxima em Campo Grande — e de peritos para auxiliar nas investigações.
Paralelamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma nova lei que endurece o combate ao crime organizado, criando novos tipos penais relacionados à obstrução de ações contra facções e reforçando a segurança de autoridades.
Fonte: Redação Raiz, com informações de Thais Libni (g1 MS) | Imagens: Reprodução/Redes Sociais
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