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Quinta-feira, 30 de Outubro de 2025
EUA e China anunciam redução de tarifas em gesto de desescalada

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EUA e China anunciam redução de tarifas em gesto de desescalada

Após meses de tensões e tarifas elevadas, os governos dos Estados Unidos e da China concordaram em reduzir temporariamente impostos sobre importações para abrir caminho à cooperação econômica

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Em um movimento inesperado, os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo para aliviar temporariamente a disputa comercial que vinha se intensificando ao longo do ano. O anúncio foi feito em meados de maio de 2025, quando Washington aceitou reduzir tarifas sobre produtos chineses de até 145 % para cerca de 30 % e Pequim concordou em diminuir suas taxas sobre importados dos EUA de cerca de 125 % para aproximadamente 10%.

A decisão ocorre em meio a um cenário de forte escalada tarifária entre as duas maiores economias do mundo, na qual os EUA intensificaram sobretaxas com o argumento de proteger a segurança nacional e corrigir desequilíbrios comerciais, enquanto a China retaliou com medidas semelhantes.

Segundo fontes próximas às negociações, o acordo de alívio foi pensado como uma “trégua” temporária de 90 dias, tempo em que serão avaliadas condições para uma retomada mais estável das discussões comerciais.

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Entre os pontos mais relevantes do acordo está o compromisso dos dois países de manterem as tarifas num patamar moderado durante esse período, evitando novas elevações de impostos. Além disso, a China manifestou disposição em cumprir os entendimentos de exportação de soja americana e de cooperação antidrogas, enquanto os EUA sinalizaram abertura para negociações mais amplas. O contexto dessa aproximação também envolve o ambiente global: as oscilações no comércio internacional, a pressão sobre cadeias de suprimentos e a necessidade de reduzir incertezas para empresas que atuam nas duas economias.

No entanto, especialistas alertam que esse alívio não garante fim da disputa. A complexidade dos temas envolvidos, como subsídios industriais, transferência tecnológica, exportação de terras raras e influência sobre cadeias globais, mostra que os desafios permanecem. A trégua funciona, neste momento, como uma janela de negociação e não como um tratado definitivo.

Para o Brasil, essa movimentação entre EUA e China ganha relevância especial, já que o país está inserido numa malha comercial que conecta ambas as potências. A menor tensão entre os dois países pode abrir espaços de mercado para o agronegócio brasileiro ou, alternativamente, gerar maior competição por commodities. De qualquer forma, é um cenário que exige atenção por parte do setor exportador nacional.

Da redação.

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Rafael Belo

Publicado por:

Rafael Belo

Jornalista Raiz

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