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Quinta-feira, 30 de Outubro de 2025
Senado dos EUA aprova resolução para barrar “tarifaço” sobre produtos do Brasil

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Senado dos EUA aprova resolução para barrar “tarifaço” sobre produtos do Brasil

Em votação apertada, o Congresso norte-americano decidiu pôr fim à cobrança extra de até 50% sobre importações brasileiras; medida agora segue para a Câmara dos Deputados americana e pode reabrir caminho para novas negociações comerciais

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Na noite de terça-feira, 28 de outubro de 2025, o Senado dos Estados Unidos aprovou uma resolução que suspende as tarifas adicionais de 50% sobre importações brasileiras, criadas sob a justificativa de emergência econômica. A votação terminou com 52 votos a favor e 48 contra, resultado que surpreendeu parte dos analistas políticos de Washington.

A medida ainda precisa ser apreciada pela Câmara dos Deputados antes de seguir para sanção presidencial, mas já representa um passo importante para restabelecer o equilíbrio nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Parlamentares republicanos como Mitch McConnell, Rand Paul, Lisa Murkowski e Susan Collins romperam com parte da bancada conservadora e votaram a favor da revogação, o que foi decisivo para a aprovação.

O Senado avaliou que a imposição do chamado “tarifaço” não se sustentava juridicamente e que o Brasil não representava risco à segurança nacional americana, como havia sido alegado. Além disso, estudos apontaram impacto direto das sobretaxas nos preços ao consumidor interno, especialmente em produtos agrícolas e manufaturados.

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Se confirmada, a revogação poderá aliviar as pressões sobre exportadores brasileiros, principalmente dos setores de agronegócio, alimentos processados e artigos industriais, que vinham sofrendo com as barreiras tarifárias e incertezas de mercado.

Mesmo assim, a resolução não garante automaticamente o fim das tarifas. A tramitação pode enfrentar resistência na Câmara e, posteriormente, dependerá da sanção do presidente dos Estados Unidos. Especialistas alertam que o processo pode se arrastar por meses, enquanto diplomatas brasileiros acompanham de perto cada etapa da decisão.

No Brasil, o episódio reforça a necessidade de diversificação de mercados e da adoção de estratégias que reduzam a vulnerabilidade a medidas unilaterais de grandes economias. O governo federal também avalia novas iniciativas de aproximação com blocos comerciais da Ásia e da União Europeia, buscando reduzir o impacto de eventuais crises bilaterais.

Da redação.

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Rafael Belo

Publicado por:

Rafael Belo

Jornalista Raiz

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