O empresário George Willian de Oliveira foi preso nesta quinta-feira (23) durante a Operação Fake Cloud. A ação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio do Gecoc com apoio do Gaeco, investiga uma organização criminosa que teria fraudado licitações da prefeitura de Itaporã.
O Processo Licitatório ligado à empresa de George Willian, de nome fantasia Citiz Tecnologia, era referente à contratação para serviço especializado no fornecimento de uma licença anual do sistema de backup em nuvem, chamado "Cloud Computing", no valor de R$ 53.745.
A Prefeitura de Itaporã informou, por meio de nota, que a licitação investigada (nº 183/2022) refere-se à gestão de 2021 a 2024, do então prefeito Marcos Pacco, e que o contrato já está inativo. A atual administração, sob a gestão de Tiago Carbonaro (desde 1º de janeiro de 2025), afirmou não possuir qualquer vínculo ou responsabilidade sobre os atos investigados, mas se colocou à disposição para colaborar.
Histórico de fraudes
George Willian de Oliveira já havia tido seu nome ligado à Operação Turn Off, em dezembro de 2022, que investigava um esquema fraudulento de licitações públicas para aquisição de bens e serviços. Na época, ele foi citado, junto a outros nomes, no esquema que beneficiava sua empresa de tecnologia.
Nilson dos Santos Pedroso, que também teve seu nome citado na operação anterior, foi preso durante a Operação Fake Cloud. Ele atuou como superintendente de Compras e Aquisições Governamentais no município de Itaporã durante a primeira gestão do ex-prefeito Marcos Pacco.
A investigação do MPMS aponta que o grupo criminoso atuava fraudando, sistematicamente, processos de contratações públicas por dispensa de licitação. Os processos eram simulados e direcionados para beneficiar determinada empresa, mediante propostas fictícias e exigências técnicas previamente elaboradas para restringir a concorrência.
O nome da operação, "Fake Cloud" (nuvem falsa), faz alusão ao objeto dos contratos, o backup de dados em armazenamento em nuvem, que, de acordo com a investigação, não era fornecido ao ente público.
Fonte: Redação Raiz, com informações de João Pedro Flores | Imagens: Divulgação/MPMS
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