Os trabalhadores do transporte coletivo de Campo Grande prometeram paralisar as atividades nesta segunda (27), caso o pagamento atrasado do “vale” não ocorresse. A ameaça surgiu logo após a paralisação de pouco mais de duas horas ocorrida na segunda-feira passada (20) e pairou sobre os passageiros durante toda a semana passada. As duras intervenções de alguns parlamentares da Câmara de Vereadores e a atuação da Prefeitura no final de semana acabaram impedindo que isso acontecesse.
Ainda assim, as reclamações continuam. Passageiros relataram atrasos, especialmente no período da manhã, e um ônibus quebrou no bairro Mata do Segredo. As queixas de que os veículos têm deixado os usuários na mão, aliás, estão cada vez mais comuns, e o envelhecimento da frota é apontado como o principal motivo.
Conforme relatos de usuários, o coletivo que apresentou falha mecânica seguia no sentido Terminal Nova Bahia e acabou ficando parado na rua Marquês de Herval. Passageiros precisaram descer e seguir o trajeto a pé ou esperar outro ônibus, o que gerou grande transtorno a quem tentava chegar ao trabalho. Alguns relataram que o problema não é isolado e que situações semelhantes têm ocorrido com frequência.
Embora a paralisação não tenha se concretizado, o clima de incerteza ainda preocupa os usuários. O Consórcio Guaicurus, responsável pela operação do sistema, informou que a manutenção da frota é feita de forma contínua, mas reconheceu que parte dos veículos já ultrapassou o tempo ideal de uso. A empresa também reforçou que está em tratativas com a Prefeitura para a renovação gradual dos ônibus, medida que depende de ajustes financeiros e contratuais.
Enquanto isso, os passageiros seguem convivendo com a insegurança e a instabilidade no transporte coletivo. A promessa de melhorias esbarra em entraves antigos, e a ausência de uma paralisação não tem significado, necessariamente, alívio para quem depende dos ônibus em Campo Grande.
Fonte: Redação Raiz, com informações de Midiamax | Foto de capa: Prefeitura de Campo Grande
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