Em um novo episódio de violência doméstica, uma mulher foi morta a facadas na cidade de Campo Grande, no estado de Mato Grosso do Sul, elevando para 32 o número de feminicídios registrados em 2025. O crime aconteceu na residência da vítima, segundo informações iniciais da polícia local. A identidade da mulher e do autor ainda não foram oficialmente divulgadas pelas autoridades.
Segundo o levantamento, o número de mortes por feminicídio no estado já supera metas anteriores e mostra um crescimento preocupante. Os corpos das ocorrências anteriores indicam que muitos casos envolvem companheiros ou ex‑companheiros, relação de coabitação ou histórico de violência doméstica, fatores que, para especialistas e organizações de defesa dos direitos da mulher, sinalizam falhas persistentes na prevenção e proteção.
Organizações que acompanham a temática apontam que a letalidade da violência de gênero está entre os principais desafios de segurança pública. No âmbito estadual, o registro crescente leva à exigência de respostas mais efetivas, como ampliação de medidas protetivas, fortificação das redes de atendimento e maior agilidade no acolhimento das vítimas. Ainda não há confirmação de que a mulher assassinada em Campo Grande havia solicitado medida protetiva ou denunciado abusos anteriormente — informações que agora são investigadas pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.
Especialistas lembram que a tipificação de feminicídio no Brasil considera o assassinato de mulheres em contexto de violência doméstica ou de gênero, e que sua incidência é mais grave em estados onde os recursos de prevenção e assistência ainda são insuficientes. Ainda que não haja um indicador único para explicar o aumento dos casos, testemunhos, laudos e dados apontam para ciclos de agressão que se intensificam quando não interrompidos. A divulgação pública desse novo caso reforça a urgência de políticas integradas entre segurança, justiça, assistência social e saúde para enfrentar o problema.
O assassinato de mais uma mulher em Mato Grosso do Sul neste ano, agora o 32º, deixa claro que o desafio de proteger mulheres em situação de risco permanece elevado e que as autoridades estaduais terão que intensificar esforços para reverter esse quadro de mortes evitáveis. A rede de enfrentamento à violência doméstica e de gênero aguarda os desdobramentos das investigações e cobra transparência sobre encaminhamento, responsabilização e medidas de prevenção.
Da redação.
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