Lançada em 17 de outubro no YouTube, a nova canção de Juliê Kethlyn, “Mapa do Coração”, já ultrapassa 21 mil visualizações e carrega algo que vai além de números: pulsações, afetos e ancestralidade. A nova canção de Juliê Kethlyn é mais do que uma faixa, é um mergulho. Uma travessia entre corpo e alma, entre ritmo e silêncio, entre a artista e a mulher que ela vem se tornando.
Cantora, compositora, performer, professora de dança e educadora física, Juliê é dessas artistas que vivem em movimento. Tudo nela é som e gesto. E é nesse território de encontros que nasceu “Mapa do Coração”, um afrobeat suave e poético, em que a intuição dita o compasso e o corpo responde com leveza e fé.
> “Essa música me levou pra dentro de mim”, conta Juliê. “Foi uma viagem profunda, uma oração sincera. Eu precisei silenciar o mundo pra ouvir o que o meu coração dizia. Entendi que a música é cura, assim como a dança.”
Gravado ao vivo no projeto Eu Sou MS Sessions, o clipe exibe a força dessa entrega: luzes, cores e gestos que traduzem uma estética afetiva e vibrante. Juliê aparece inteira, sem filtros, como ela mesma diz. Na performance, voz e corpo se fundem numa conversa íntima entre emoção e ancestralidade. O resultado é uma performance viva, intensa e delicada ao mesmo tempo, onde o corpo canta e o coração dança.
Com parceria na composição de Arthur Rostey (ex-Bella Xu) e Marcelo Brinholi, “Mapa do Coração” nasce como quem acende uma vela no meio do caos. Juliê fala de fé, de coragem, de autoconhecimento e de leveza. A música é rosa, cor que, pra ela, representa amor, intuição e presença. “É um tom que vibra cura”, define.
> “Antes eu era uma bailarina que cantava. Hoje sou uma cantora que dança”, revela. “Entendi que ritmo não é só técnica. É respiração, emoção, é a vida acontecendo no compasso certo.”
No palco, todas as versões de Juliê se encontram. A professora, a intérprete, a dançarina e a mulher se entrelaçam num mesmo fluxo criativo. “Quando fecho os olhos, tudo se une. É o momento em que todas as minhas versões dão as mãos para contar a mesma história”, diz, com a doçura de quem sabe que arte também é coragem.
O projeto #EuSouMS Sessions, que vem revelando novas vozes da música sul-mato-grossense, é um dos impulsos dessa fase da artista. Para ela, é mais do que visibilidade, é identidade. “Esse projeto mostra a potência do nosso estado. Mostra que o Mato Grosso do Sul é diversidade, é mistura, é arte viva. É lindo fazer parte disso”, celebra.
E o público sentiu. Com o clipe batendo mais de 21 mil visualizações em menos de uma semana, Juliê confessa que se emociona ao ver crianças, amigos e ex-alunos cantando seus versos.
> “É uma sensação mágica! Quando vejo as pessoas se conectando, eu penso: chama meu cardiologista! (risos) É sinal de que a verdade chega. E é isso que mais importa.”
Se “Mapa do Coração” fosse uma dança, seria aquela que o corpo inventa quando ninguém está olhando, passo de leveza, entrega e liberdade. E se tivesse uma cor, seria o rosa que colore a alma de quem segue o próprio instinto.
“Meu destino é viver com propósito”, diz Juliê. “Quero continuar criando a partir do que é verdadeiro pra mim. Conectar pessoas, espalhar amor e consciência. Esse é o meu mapa, e ele sempre aponta pra dentro.”
📽️ Assista ao clipe oficial de “Mapa do Coração”, disponível no YouTube:
Confira entrevista exclusiva concedida por Juliê Kethlyn a Rafael Belo: “O Mapa do Coração e o Ritmo da Intuição”
Juliê, você sempre teve um pé no palco e outro na alma, “Mapa do Coração” é uma viagem entre esses dois mundos. Onde esse mapa te levou durante o processo de criação dessa canção?
“Mapa do Coração” me levou pra dentro de mim. Foi uma viagem profunda, de escuta e entrega. Costumo dizer que essa me atravessa em várias camadas, é uma oração sincera. Eu precisei silenciar o mundo pra ouvir o que meu coração dizia e foi nesse processo que entendi que a música é também uma forma de cura assim como minha dança. Ela me levou e acredita que vai me a muitos lugares de verdade, onde o sentir vem antes do fazer.
Seu novo single pulsa entre a intuição e o movimento, misturando poesia, ancestralidade e afrobeat. Quando você percebeu que a batida do seu coração também podia ser um compasso musical?
Acho que desde sempre meu EU deu sinais rsrs. Meu corpo sempre dançou antes mesmo de eu entender o porquê. A batida do coração é o primeiro ritmo né, que a gente conhece, aprendi na graduação que antes de no comunicarmos nós dançávamos e quando percebi que essa pulsação podia se transformar em som, em poesia, em expressão, tudo fez mais sentido. Na pandemia foi onde eu entendi de fato que não dava pra viver sem minhas artes favoritas (música e dança) Eu só precisava aprender a traduzir o que o corpo já sabia. E neste contexto fiz a escolha, antes eu era uma Bailarina que cantava e agora sou uma Cantora que dança.
“Mapa do Coração” é sobre se deixar guiar pela intuição. Na sua trajetória como artista, dançarina, professora de dança, profissional de educação física, quantas vezes foi a intuição que te mostrou o caminho certo?
Incontáveis vezes. A intuição é o meu suporte favorito. Mesmo quando o caminho não parecia claro, eu senti quando sempre vibra dentro de mim e é sempre ela me guiando. Às vezes a cabeça dúvida e quando a dúvida toma conta pode saber que não é intuição é só sabotagem do cérebro, mas o coração sabe. Seguir a intuição exige coragem, e é ela que está me levando a lugares onde eu sempre sonhei estar.
A gente se conhece há nove anos, e eu lembro do seu olhar vibrando quando o assunto era ritmo. O que mudou de lá pra cá na forma como você enxerga e vive a música?
Mudou que hoje eu vivo a música com mais leveza e presença. Antes, eu buscava perfeição a louca e perfeccionista virginiana. Hoje, eu busco verdade. Entendi que ritmo não é só técnica, é respiração, figuras, é emoção, é vida. A música se tornou um espelho da minha evolução como pessoa.
O clipe da faixa no projeto Eu Sou MS Sessions traz uma energia linda de movimento e cor. Como foi trazer a sua verdade e identidade para essa performance ao vivo?
Foi libertador. Eu quis estar inteira, sem filtros. Levei pro palco tudo que sou a força da dança (não na sua integridade confesso, pois existia uma preocupação com a entrega da voz), a doçura da voz, a ancestralidade que me atravessa. A equipe entendeu minha essência, e o resultado foi uma performance viva, com muita emoção interna onde o corpo e a alma conversam com a música.
Você é cantora, compositora, performer, professora... uma verdadeira multiartista. Em que momento essas várias versões de Juliê se encontram no palco?
Elas se encontram quando eu fecho os olhos e deixo fluir. O palco é o lugar onde tudo se une, a professora que ensina, a dançarina que sente, a cantora que expressa, a mulher que vive. É como se todas as minhas versões dessem as mãos pra contar a mesma história.
A estética visual do lançamento — das cores às luzes — parece traduzir a vibração do som. Como você pensa a relação entre imagem e música na construção do seu trabalho?
Pra mim, som e imagem são extensões da mesma energia. Eu enxergo a música em cores e movimento. “Mapa do Coração”, por exemplo, tem tons de rosa, lilás e dourado cores que vibram amor, intuição e luz. Gosto de traduzir o que se sente em forma de estética, criando uma experiência sensorial sabe?
A música sul-mato-grossense está florescendo em novas vozes e ritmos. Qual é a importância de projetos como o #EuSouMS Sessions para fortalecer essa nova cena?
É essencial. É lindo o que eles fazem! O Eu Sou MS Sessions dá visibilidade pra artistas que carregam a identidade do nosso estado de forma contemporânea, e não só nos traduzir como sertanejo como somos vistos no Brasil a fora. É sobre mostrar que o Mato Grosso do Sul tem potência, diversidade e uma arte viva que dialoga com vários estilos e formas de fazer arte. Fazer parte disso é uma honra eu estou muito, mas muito Grata e encantada por cada processo, meu cabelo caiu em alguns processos? Kkk caiu! Mas já cresceu! E eu cresci junto! E seguimos evoluindo, e vivendo essa linda canção “que seja leve leve e leve o que não for bom” essa música faz tanto sentido pra mim e pra todo o projeto Juliê Session EusouMS.
O single alcançou 10 mil visualizações em pouco tempo! Como é sentir o público pulsando junto com você, especialmente num projeto que nasceu com tanto afeto e verdade?
É uma sensação linda, quase mágica! Eu e o Arthur Rostey finalizamos essa música com o coração aberto, sem pensar em números e com muita leveza, a música veio semi pronta do Marcelo Brinholi e o Arthur, e ver as pessoas se conectando com essa energia é a maior recompensa eu esto vendo as crianças ex alunos cantando tem hora que grito: CHAMA MEU CARDIOLOGISTA!! KKKK É sinal de que a verdade chega, que o sentimento comunica. Estou realmente radiante e encantada com todo esse alcance.
Se “Mapa do Coração” fosse uma dança, qual seria o passo principal? E se fosse uma cor, qual pintaria a sua alma hoje?
Seria um passo de soltura, leveza sabe? aquele em que o corpo se entrega sem pensar, guiado pelo som. E a cor seria rosa o tom da intuição, do amor e da coragem de prosseguir.
Você sempre fala de intuição, se o coração é o mapa, qual é o destino que você mais deseja seguir agora?
Quero seguir o caminho da expansão como artista e como ser humano. Continuar criando a partir do que é verdadeiro pra mim, sempre acreditei nisso, na construção de um verdadeiro castelo, conectando pessoas, espalhando amor e consciência. Meu destino é viver com propósito, presença e continuar realizando.
Por fim, como professora e inspiração para tantos artistas, que conselho você daria a quem ainda busca o próprio ritmo no caminho da arte?
Escute o que o seu coração diz, mesmo quando o mundo grita o contrário. O ritmo certo é o seu. A arte é sobre verdade, não sobre pressa. Quando você se conecta com sua essência, o som vem, a dança vem, seu sonho realiza, o movimento acontece e o caminho se revela, seja de verdade!
Produzido por Rafael Belo
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