A estatal Sanesul, responsável pelo abastecimento de água e esgotamento sanitário em boa parte de Mato Grosso do Sul, confirmou que a tarifa nos 68 municípios por ela atendidos, dos 79 existentes no estado, passará por revisão, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2026, após aprovação regulatória.
O processo será conduzido pela AGEMS (Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos de MS) e representa a “2ª Revisão Tarifária Ordinária” dos serviços de água e esgoto prestados pela Sanesul nesses municípios. Conforme divulgado, os estudos preliminares estão em fase de conclusão, e a agência anunciou a abertura de uma consulta pública para o período de 3 a 17 de novembro, para que a sociedade possa encaminhar contribuições.
É importante destacar que essa revisão não se trata apenas de um simples “reajuste de inflação”. A diretora de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos da AGEMS, Iara Marchioretto, explica que a revisão abrange uma análise trienal de custos operacionais, investimentos e remuneração da prestadora, enquanto o reajuste anual refere-se unicamente à reposição da inflação contratual (com base no IPCA).
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O diretor-presidente da AGEMS, Carlos Alberto de Assis, reforça o compromisso com a transparência e a participação social: “A consulta pública é uma oportunidade para que a sociedade conheça o processo, compreenda os critérios técnicos, questione e contribua”. Ele ressalta que as minutas, notas técnicas e portarias referentes à revisão estarão disponíveis no site da agência, no dia da abertura da audiência pública.
Para o consumidor final, isso significa que, a partir de janeiro de 2026, a conta de água poderá refletir um ajuste significativo, positivo ou negativo, dependendo do resultado final dos estudos e das contribuições recebidas. Até lá, a participação na consulta pública (via e-mail, site ou presencialmente na sede da AGEMS em Campo Grande) é uma forma de influenciar o processo regulatório.
Em Campo Grande e em algumas outras cidades do estado em que o abastecimento não é executado pela Sanesul, os cálculos para novos valores podem funcionar de forma diferente e em outro momento. Na capital, já houve um reajuste em janeiro de 2025, e a definição de tarifas segue planejamento trienal. Ainda assim, se houver alguma mudança muito drástica nas variáveis que compõem o preço final ao consumidor, novas tarifas poderão sim ser estabelecidas.
Fonte: Portal Raiz, com informações de Agems e Jornal da Nova | Foto: Divulgação/Sanesul
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