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Segunda-feira, 27 de Outubro de 2025
Ex-padrasto usou chumbinho em pão com mortadela para envenenar jovem

Policial

Ex-padrasto usou chumbinho em pão com mortadela para envenenar jovem

Rapaz de 22 anos morreu; homem confessou o crime, mas alegou que estava sendo ameaçado

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Um rapaz de 22 anos, identificado como Cleber Arguelho Neto, conhecido como “Binha”, foi socorrido na manhã de domingo (26) no bairro Jardim Campo Grande, em Bataguassu, município no sudoeste de Mato Grosso do Sul, após ingerir um pão com mortadela contaminado por veneno do tipo “chumbinho”. O jovem chegou a dar entrada no pronto socorro, mas não resistiu. O principal suspeito é seu ex-padrasto, João, de 62 anos, que foi preso em flagrante.

Testemunhas relataram que Cleber chegou a pedir socorro dizendo que havia sido envenenado. Na calçada onde ele se encontrava, a polícia encontrou um saco contendo o pão com mortadela misturado a uma substância escura semelhante ao “chumbinho”. Durante diligências, no lixo da residência de João foram encontrados restos do pão e embalagens idênticas àquelas achadas no local da ocorrência.

Em depoimento, João inicialmente negou participação, mas depois confessou o crime, afirmando que agiu por medo, uma vez que estava sendo ameaçado pelo jovem com uma faca, senão entregasse seus pertences. Cleber, por sua vez, já tinha passagens pela polícia desde 2018 por ocorrências como furto, roubo e ameaça. A polícia considerou essas declarações e juntou ao inquérito o histórico da vítima e a prova material encontrada.

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O uso de “chumbinho”, um agrotóxico ilegal altamente tóxico, agrava o fato. Ele age bloqueando uma enzima essencial no sistema nervoso, provocando convulsões, paralisia e morte por asfixia em poucos minutos. Em razão disso, o crime foi tipificado como homicídio qualificado pelo uso de veneno. 

João encontra-se preso à disposição da Justiça, recolhido na 1ª Delegacia de Polícia de Bataguassu. A investigação prossegue para verificar se havia premeditação, se houve auxílio ou planejamento e para confirmar com laudos periciais toda a sequência dos fatos.

Fonte: Redação Raiz | Foto: Cenário MS

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William Durães Mendes

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