A Polícia de Mato Grosso afirma ter chegado à conclusão que o assassinato da rapper Laysa Moraes Ferreira, conhecida artisticamente como La Brysa, foi uma execução ordenada pelo Comando Vermelho. Segundo a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, as investigações apontam que membros da facção criminosa teriam cometido o crime motivados pela suspeita, ainda não comprovada, de que a artista estaria vinculada ao grupo rival PCC.
Laysa, natural de Três Lagoas (MS), desapareceu em 3 de janeiro de 2025 e teve seu corpo encontrado seis dias depois boiando no Rio Cuiabá. Ela estava enrolada num tapete, amarrada a uma lata com concreto, e havia sinais de que fora jogada viva no rio. A perícia identificou areia nos pulmões, revelando que ela ainda respirava no momento em que foi submersa.
Desde o início das investigações, uma das hipóteses levantadas residia no fato de que a rapper teria usado nas redes sociais gestos com as mãos que poderiam ser interpretados como sinais de facção criminosa — especificamente o número 3 com os dedos, frequentemente associado ao PCC. Essa possibilidade teria motivado a facção adversária a considerá-la “inimiga”.
A polícia realizou buscas na quitinete onde Laysa morava, assim como inspeções em câmeras da região, mas não obteve até agora imagens conclusivas sobre seus últimos passos. Foram ouvidas cerca de 10 pessoas próximas a ela (familiares e amigos), mas, segundo o delegado responsável, “sem qualquer vestígio”.
Apesar da confirmação institucional da participação do Comando Vermelho e da motivação investigativa, não há prisões efetuadas até o momento. A investigação esbarra num “muro do silêncio”, já que muitos moradores relutam em colaborar por medo de retaliações.
Fonte: Redação Raiz | Imagem: Reprodução / Redes Sociais
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